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Além da Conectividade: Como as Telecoms Estão Se Transformando em Plataformas Digitais

O setor de telecomunicações no Brasil deixou de ser apenas um provedor de infraestrutura para se tornar um ecossistema de inovação e serviços digitais. Em 2024, as empresas do ramo investiram R$ 34,6 bilhões, majoritariamente em expansão de 5G e banda larga fixa, mas também em novos negócios que vão desde saúde digital até inteligência artificial.

A transformação é uma resposta a um mercado cada vez mais competitivo, onde big techs e serviços de streaming utilizam massivamente as redes sem, necessariamente, compartilhar parte de sua receita – um debate conhecido como fair share. Diante disso, operadoras estão diversificando seu portfólio e atuando como plataformas multisserviços.

Vivo: Digitalizar para Aproximar

Líder do setor no Anuário Valor Inovação Brasil 2025, a Vivo tem adotado a estratégia de “digitalizar para aproximar”. Com mais de 116 milhões de acessos móveis e uma ampla rede de distribuição, a empresa expandiu para áreas como saúde, educação, finanças e entretenimento.

Christian Gebara, CEO da Vivo, destacou que esses novos negócios já respondem por 11% do faturamento da companhia. “Num país com carências históricas de acesso, a digitalização é uma oportunidade”, afirmou. A operadora não divulga valores específicos em inovação, mas investiu R$ 9,2 bilhões em capex em 2024, com foco na expansão do 5G, que hoje cobre 64,3% da população.

Claro: Inovação Aberta e Parcerias Estratégicas

Em segundo lugar no ranking de inovação, a Claro investe anualmente R$ 3 bilhões em P&D, o que representa mais de 6% de sua receita. A empresa mantém cem colaboradores dedicados exclusivamente à inovação, número que salta para 4,5 mil quando considerados todos os envolvidos em projetos de desenvolvimento.

Destaque para a parceria com o Nubank, por meio da NuCel – uma operadora móvel virtual que utiliza a rede da Claro –, e para iniciativas em IA generativa, com a criação de seu próprio modelo de linguagem (LLM). “Foi uma simbiose; resolvendo os problemas deles, resolvemos os nossos”, comentou Rodrigo Duclos, diretor de inovação da Claro.

A empresa também anunciou um investimento de R$ 40 milhões em um centro de pesquisa em parceria com Fapesp e USP, focado em agrotech, cidades inteligentes e indústria 4.0.

Ericsson: Centro de Inovação e Patentes

A Ericsson, terceira colocada, reforçou sua presença no Brasil com a abertura do 5G Open Innovation Center em Indaiatuba (SP). Com investimentos de R$ 158 milhões em P&D em 2024, a empresa tem 250 patentes depositadas apenas pela equipe brasileira.

Segundo Edvaldo Santos, vice-presidente de P&D para o Cone Sul, um quarto dos funcionários da Ericsson no país atua em pesquisa e desenvolvimento. “Trabalhamos com inovações que combinam IA, robótica, realidades virtual e aumentada, e já contribuímos para os padrões do 5G Advanced e do futuro 6G”, afirmou.

TIM: Inovação com Foco no Cliente

A TIM apresentou cases como o TIM Block Pin, um broque de segurança que bloqueia celulares em caso de furto, e o TIM Pré XIP, plano pré-pago com cashback via Pix – que em oito meses registrou 6,1 milhões de chaves cadastradas.

A operadora também avança em IoT e IA, com modelos preditivos que anteveem falhas em equipamentos com mais de 80% de precisão. Globalmente, interage com o Telecom Italia Lab e é âncora de um fundo de venture capital que já investiu em três startups.

Unifique: Inovação Aberta e Predição de Cancelamento

Com atuação concentrada na região Sul, a Unifique investiu R$ 35 milhões em inovação em 2024 e lançou um programa de venture capital que aplicou R$ 11 milhões em 18 startups.

Um de seus principais cases é um sistema de predição de pedidos de cancelamento com mais de 80% de acurácia, que permite ações preventivas de retenção e gera um retorno estimado em R$ 8,5 milhões anuais.

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